terça-feira, 3 de janeiro de 2017

MASSACRE

MINISTRO AFIRMA QUE MASSACRE NÃO PODE SER EXPLICADO POR GUERRA ENTRE FACÇÕES

O ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, afirmou, em entrevista à Rádio Estadão na manhã desta terça-feira, 3, que o massacre que deixou 56 mortos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, não pode ser explicado simplesmente por uma guerra entre facções criminosas.
A rebelião que resultou nas mortes foi atribuída por uma ação do grupo Família do Norte (FDN), ligado ao Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro, contra membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), com liderança em São Paulo.
O ministro, porém, relativizou a guerra entre os grupos como causa do massacre. "Isso tem uma questão muito mais profunda, que é a entrada de armas nas penitenciárias, em virtude da corrupção, e a possibilidade de presos perigosos ficarem submetendo, independentemente de facções, outros presos", disse o ministro. "Dos 56 mortos, menos da metade tinha ligação com alguma facção ou organização criminosa", afirmou.

Ele também afirmou que não prevê retaliação do PCC ao massacre causado na madrugada de domingo, 1º, para segunda-feira, 2. Reportagem do Estado desta terça-feira afirma que detentos ligados ao PCC estão recebendo ameaças de morte.

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